segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Natal é uma comemoração especial e um tempo de refletir.

Como trata-se, a princípio, de uma comemoração cristã que festeja o nascimento de Jesus, podemos pensar certas coisas em comum. Então, certas reflexões surgem e algumas perguntas inevitáveis…

Onde estava o Papai Noel quando Jesus nasceu?

Qual dos pastores de Belém, aos quais o anjo anunciou o nascimento de Cristo, era o Papai Noel?

O quê? Ele não era um pastor de ovelhas? Nem morava em Belém?

Seria o Papai Noel uma figura dos reis que visitaram o menino Jesus?

Pensando bem.. mitos nórdicos não combinam com histórias bíblicas.

Mas São Nicolau era um Papa ou um elfo? Como existem mundo e mundos.. não fica difícil misturar o real com o imaginário e criar um conto de fadas.. com duendes e tudo que se tem direito.

Mas, voltando ao Natal..

Muitas vendas... muitos presentes... o comércio faturou... o papai noel se dividiu em um milhão e saiu pelos shoppings dizendo “ho ho ho”...

Enquanto isso o nome da festa foi pouco falado, principalmente na mídia, porque, a não ser nas capelas e igrejas, o papai noel caiu na boca do povo.

Ao invés de Belém, falou-se em pólo norte. Ao invés de ovelhas, elfos. No lugar de manjedoura, animais voadores... E por aí vai.

A diferença é que o papai noel faz muito sucesso no comércio. A história de Jesus é algo de religião e poucos ligam para essa história, a não ser os verdadeiros fiéis.

Então, deixando as renas de lado e pegando carona na popularidade de Cristo, papai noel entregou muitos presentes e teve um dia de rei. Mas, o aniversariante do dia não teve toda essa atenção nesse dia. Talvez porque o dia 25 de dezembro seja apenas uma data que deveria ser mais comemorada com o cristianismo e nos moldes cristãos, mas que tornou-se um dia tipicamente comercial representado pelo papai noel, mas o verdadeiro Natal é comemorado o ano inteiro, quando os verdadeiros fiéis e cristãos agradecem a Deus pela vinda de Jesus. Então, feliz natal! Durante os 365 dias de 2009, ou seja, feliz ano novo!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Corpus



A verdadeira capacidade de questionar e perscrutar aponta, é claro, para nossa dimensão mais profunda, a dimensão espiritual. Mas o problema é que nossa dimensão espiritual está manifestada na nossa dimensão física. O corpo humano - ao contrário do seu gato ou peixinho - revela o mistério de uma pessoa. O Papa João Paulo II descrevia isto como a experiência da "solidão original". Quando Adão nomeou os animais, ele notou que estava "sozinho", enquanto pessoa, no mundo. Todos nós conhecemos este sentimento de "solidão" humana - de estar sozinho diante de Deus, diferentemente do resto da criação.

Este sentimento humano universal conduz à questão humana universal: Por quê eu estou aqui? Qual é o sentido da minha existência? Onde posso encontrar a resposta? No mesmo lugar onde encontramos a pergunta - em nossa experiência corporal. Se a solidão (por que eu sou uma pessoa?) é a questão humana, comunhão é a resposta divina.

A experiência de "ser um corpo" não demonstra somente que eu estou "sozinho", mas também que eu necessito de um(a) "ajudante". Não é bom estar sozinho. Somos destinados para o amor, para a comunhão com um "outro(a)". E esta inclinação para o amor está inscrita bem nos nossos corpos. O corpo de um homem não faz sentido por si próprio. Nem o de uma mulher. Contemplando o "outro" na beleza da diferença sexual, nós percebemos que somos chamados a nos doarem como um presente, um para o outro. Descobrimos que o corpo possui um sentido nupcial.

O sentido nupcial do corpo é a sua "capacidade de expressar amor: precisamente aquele amor no qual a pessoa se torna um presente, uma dádiva e - por meio desta dádiva - cumpre completamente o sentido de seu ser e de sua existência. Se vivermos de acordo com a verdade da nossa sexualidade, nós cumprimos completamente o sentido de nosso ser e de nossa existência. Conte isso pros seus conhecidos e amigos e com certeza você ganhará a atenção deles. O amor que se doa é o sentido da nossa existência. E isto está estampado bem no sentido da nossa sexualidade.

Nada disso é abstrato. Mesmo se o pecado tiver nos afastado da beleza e da pureza do plano original de Deus, você e qualquer pessoa na sua agenda telefônica conhecem a "dor" da solidão e o desejo por comunhão. Qualquer pessoa conhece a "força magnética" do desejo erótico. Este desejo básico do ser humano por união, na verdade, é o elo mais concreto que qualquer coração humano pode ter com "aquele homem que viveu há dois mil anos atrás".

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Higiene Mental



Como é difícil romper um relacionamento!

Aquela pessoa que você amava mais que a si próprio. Aquela pessoa que costumávamos colocar em um pedestal, e que dizia que nos adorava também, nos deixou!

Simples assim, sem mais nem menos. Para você, claro, por que ela deve ter tido os seus motivos, que por sua vez já lhe foram passados, mas você, orgulhoso(a) não quis aceitar que tal motivo, fizesse seu mundo cair. Só pelo fato dela ter um motivo, por mais banal que seja, já basta, afinal, ninguém é obrigado a amar ninguém, e se obrigado fosse, tampouco conseguiria.

Tudo aquilo que você planejou com aquela pessoa, os sonhos, viagens de verão ou inverno, fim-de-semana com a família no sítio, tudo, tudo, se vai por água abaixo. Também aquilo que você teve que engolir só para agradá-la (muitas vezes com o maior prazer) de nada adiantou. Que tristeza!

O dia seguinte então?! É daqueles que a gente não precisaria e nem queria ter acordado. Como pode uma pessoa só, trazer tantos transtornos em todos os aspectos da nossa vida?

Parece que nada que seja feito nos ajude nessa hora. O universo parece conspirar para que você não a(o) esqueça! Os pássaros cantam musicas que vocês escutavam juntos, as nuvens escrevem o nome da pessoa no céu, caem mais estrelas cadentes que a NASA pode contar, só pra você fazer pedidos de volta com seu verdadeiro amor! Que vida cruel! E agora?!

Besteira. O mundo não pára se você se lamentar.

A verdade é triste e dói, mas é a verdade! E você terá que aprender a conviver com ela!

Mas, o que fazer pra conviver e sobreviver a essa parte tão difícil da vida de nós, reles mortais?

Comece acordando mais cedo que o habitual.

Ao invés de café, experimente um suco de laranja. Ao invés de ver telejornais de manhã cedo, coloque aquele cd ou mp3 que você tanto gosta. Os telejornais são deprimentes por natureza (embora este que vos escreve seja viciado em jornais de qualquer espécie!).

Acordou muito cedo, e agora não tem mais o q fazer além de lembrar-se da pessoa? Aproveite esse tempo de sobra e vá até a praia dar uma corrida. Transforme isso em um hábito.

Caso fume, largue o cigarro! Eu sei, o momento é propício para aumentar consideravelmente o número de cigarros fumados ao dia. Mas tente! Surpreenda-se! Cada dia um pouco mais.

Termine aquele livro pela metade!

Pule de bungee jump. Sinta medo e vença esse medo.

Tome uma dose de adrenalina duas a três vezes por dia e no mínimo mais um de endorfina!
Vicie-se nisso.

Faça aquela janta e convide seus melhores amigos, assistam a um filme, joguem baralho, conversem, dêem risadas! Exagere nisso.

Tome um cálice de vinho por dia. Não se esqueça, vinho faz bem ao coração. Mas não exagere. Pelo menos não todos os dias.

Viaje, vá ver o mar!

Compre uns ingressos pro teatro. Vá assistir àquela peça chata que só você gosta.

Abuse das coisas que você sempre quis abusar!

Se permita!

Faça tudo aquilo que você sempre quis mas não pôde, por que estava ocupado(a) demais, acariciando o ego de alguém ou até mesmo o seu próprio.

Vá de encontro com as suas verdades. Dói cutucar as feridas, ninguém aqui disse o contrário!

O processo de esquecimento é dolorido e não tem prazo de validade, a menos que você, que é o único que tem poderes para isso, o estipule.

Além de ver com os próprios olhos que esse processo não mata, você vai aprender a respeitar a si mesmo(a), a gostar mais da sua própria companhia.Você vai dizer não para algo que não te faz bem, não por causa do orgulho e sim por causa do bem maior, que é a sua vida. O simples fato de existir já é uma grande motivação. Viva!

Você vai ver que além de esquecer sim da outra pessoa e não morrer por causa disso, você vai aprender a gostar mais ainda de quem nunca te deixará: o amor próprio.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

E hoje em dia como é que se diz eu te amo? (2)


O amor ficou vulgarizado, sendo confundido com sexo e atração. Além do que, as pessoas estão mais interessadas em receber do que dar, então é mais fácil "aproveitar" uma pessoa quando ela ainda te dá algo do que passar a dar também. Sem falar que princípios como honestidade, fidelidade e respeito já quase não existem mais.
Por outro lado, tenho certeza que ainda existem pessoas que acreditam no amor. Eu sou uma delas. Ainda acredito naquele amor de verdade, incondicional, que vai além de sexo e atração. E quando conto isso às pessoas, muitas vezes sou ridicularizado. Mas quer saber? Azar é deles. Ponho, sim, minha cara a tapa. E se todos os outros se impusessem ao invés de se esconder, talvez conseguíssemos mudar um pouco essa história.
Mas é muito complicado, os tempos estão mudando e as pessoas piorando. Infelizmente.

Quando as pessoas aprenderem que um relacionamento é uma interseção (como na matemática), e não uma união, elas entenderão um relacionamento. É interseção porque temos nossa vida como indivíduo, e uma vida em comum na união, e as duas tem que ser levadas paralelamente. O que acontece é que as pessoas confundem e unem tudo numa coisa só. Aí não há ser humano que respire!E os valores parecem estar meio perdidos... Mas tudo tem solução!

As estórias de desafetos sempre parecem mais estimulantes que as de sucesso. Uma inversão de valores mesquinha. É como se felicidade ofendesse os outros, sei lá. O feio é mais bonito que o belo. Bem estranho...

As mudanças de pensamento começam por dentro dos lares, não o contrário. As mulheres de verdade ensinam aos seus filhos como tratar de verdade uma mulher. E esse desamor que ronda as pessoas vem do afeto que não tiveram. Relacionamentos não são tapas buracos da alma. É compartilhar, "Conviver", trocar. Coisas desse tipo, sem cobranças.

As pessoas querem encontrar o amor na primeira esquina, ontem, cheias de afobação, pressa.
Mas se somos egoístas ao ponto de não reconhecermos as necessidades de quem está ao nosso lado, como podemos ter a cara de pau de EXIGIR amor?

E hoje em dia como é que se diz eu te amo?


Desde que nasci, vivo com dívidas. Dívidas de gratidão. Dívidas de reconhecimento. Dívidas que me incentivam a tentar fazer história, nem que seja escrevendo neste meu cantinho, lugar o qual chamam de blog.

Mas, diga-me, como vai você? E a família, todos bem? Escola/faculdade/trabalho, tudo na mais perfeita ordem? Espero que sim. Mas, qual a definição de ‘tudo bem’? ‘Tudo’ é uma palavra muito ampla, generaliza por demais. Ok, ok, quanto exagero. Perguntar não ofende e a boa etiqueta exige, correto? Claro, não discordo. Se me perguntam isto também darei a resposta-padrão, mas a verdade é que, raríssimos casos, ninguém está totalmente bem. Os motivos são os mais diversos: problemas amorosos (incluam-se ‘rolos, peguetes’ e outras denominações as quais não me recordo), familiares, acadêmicos, profissionais, patológicos, etc. Mas, enfim, ninguém precisa estar 100% para ser feliz, embora os pessimistas de plantão preguem em seus livros de auto-ajuda (estes autores partem da premissa de que todos precisam de sua ajuda ‘profissional’ quando eles próprios costumam precisar mais que nós) o contrário.

Muitos dizem que para uma pessoa ser feliz por ‘completo’ ela deve ter um bom emprego, um bom namoro/casamento, ter uma conta bancária ‘razoavelmente boa’ (no mínimo, óbvio), dentre outras tantas ‘dicas’. Mas, lhe pergunto: qual vida é 100% excepcional, um mar de rosas? Até acredito que existam, pois se não assim pensarmos quebra-se magia e perde-se o encanto e, uma vez quebrado, você pode até colar, mas sempre será um ‘quebrado-colado’! Sabem qual a maior causa de divórcios do Brasil, segundo pesquisa feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) cruzando dados do IBGE com o de cartórios? Dinheiro, ou melhor, a falta dele. Sim, money, din-din, bufunfa. Na primeira (ou segunda, terceira...) crise financeira de um casal (independente se dele ou dela) o casal já se desgasta, fica com vergonha de sua situação, dentre outros, e ali acaba uma bela história, só que sem final feliz. Evoco um pensamento do psiquiatra e escritor Augusto Cury:

“O dinheiro pode nos dar conforto e segurança, mas ele não compra umavida feliz. O dinheiro compra a cama, mas não o descanso. Compra bajuladores,mas não amigos. Compra presentes para uma mulher, mas não o seu amor.Compra o bilhete da festa, mas não a alegria. Paga a mensalidade da escola, masnão produz a arte de pensar.Você precisa conquistar aquilo que o dinheiro não compra. Caso contrário,será um miserável, ainda que seja um milionário.”

Mas que raios eu quis dizer com essa baboseira toda de pesquisa? Relaxa e goza que tô chegando lá, ok? Ok! Conclui-se que o que falta nas relações não é dinheiro, seja a falta ou o excesso, mas sim falta DEUS na vida e mente dessas pessoas, pois se O tivessem em seus corações saberiam que, antes de serem amantes, devem ser amigos, pois são os amigos que aparecem e se ajudam em todos os momentos , bons e ruins (na alegria e na tristeza!). Chegamos ao ponto do absurdo de pessoas dizerem que não devemos tratar as pessoas muito bem, que devemos destratar um pouco, ‘pisar’. Mulher de malandro? Depois as mulheres dizem que os homens não as tratam como devem. Recentemente li uma reportagem que relatava a fala de uma das participantes do BBB: “Carinho a gente recebe de pai e mãe, homem tem de dar é porrada na cama.” Diante disso, o que restará para nós?

Nas últimas semanas, não sei se por coincidência ou por acaso, várias vezes o amor esteve presente nas conversas. O amor ou a falta dele, na maioria das vezes. No horário de almoço, no barzinho da quinta-feira... às vezes faziam parte do assunto os casamentos fracassados, os mais ou menos sucedidos, os amantes, os casos de amantes ou de amor surgidos na empresa, as brigas de casais.

Nos últimos tempos, não consegui ouvir nem um relato feliz de amor. Será que estou rodeado por pessoas infelizes ou amores bem sucedidos estão cada dia mais raros?
Amores traduzidos em sexo barato, numa escada do shopping ou no banheiro de uma empresa. Brigas entre casais por divergências de opiniões. Mulheres casadas dizendo que sonham com um grande amor. Homens solteiros se divertindo com o desastre de casamentos ou namoros alheios. Namoros arrastados pela desesperança de encontrar um grande amor.
O que está faltando para nós?

PS: O título deste post é o refrão da música ‘Vamos fazer um filme’ – Legião Urbana.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Páscoa do Senhor (Jo 20,1-9)


Maria Madalena, quando já era dia - mas ainda escuro -, vai ao túmulo de Jesus. Busca Jesus morto, pois era-lhe impossível acreditar na ressurreição. Maria Madalena é a imagem da comunidade desorientada e sem rumo, sem a presença do Mestre. Sua fé e a dos discípulos ainda não passara da escuridão da cruz para a luz resplancedente da ressurreição. Corre para avisar o sumiço do corpo a Pedro e ao discípulo amado. Correm, então, em busca do Mestre, porém o túmulo vazio e os panos dobrados ainda nao lhes fala nada. O discípulo amado, todavia, entra, vê e crê. Abrem-se-lhes a mente e o coração! A fé lhes diz: O Senhor ressuscitou e é a nossa salvação! Ainda andamos à procura de sinais e prodigios para crer... Abramos-nos para acolher o Ressuscitado que vem nos dar vida nova.

domingo, 2 de março de 2008

Sobre a saudade




Não sei se existe sentimento mais revelador do que a saudade. Por quê revelador? Bem, evoco agora Rubem Alves quando diz: "Saudade é um buraco dolorido na alma"... é verdade! Sinto esse "buraco dolorido" na minha alma... Mas a saudade tem uma dimensão um tanto mágica: Ela mede a extensão do amor! Por isso ela, a saudade, é reveladora. Mas amor tem medida? Não tem... mas quando a dor na alma foge do corpo através das lágrimas, podemos dizer que a saudade mediu o amor e concluiu que este é tão grande, mas tão grande que precisou transbordar! A saudade faz com que nossos olhos encontrem um pedacinho do objeto amado em cada coisa da vida: uma música, uma árvore, a chuva que cai à tarde... quando isso acontece é que percebemos e compreendemos que eternidade é a cidade onde as lembranças constroem suas moradas. A saudade abre as portas para os lugares mais fechados e mais belos de nossas mentes. Até o silêncio torna-se aliado da saudade. Um quarto silencioso é o local mais apropriado para que essa tal da saudade apareça... e ela vem... medindo o amor... e dizendo: "você não cabe em um lugar tão pequeno! Precisa sair" e o amor sai... derrama-se pelo rosto e o "buraco dolorido na alma" fica maior... Mas de tudo que a saudade revela fica a certeza que existem pessoas que nunca, jamais, serão esquecidas... essas pessoas são tão especiais que se tornam eternas... como eterno é o amor... a saudade revela ainda que existe um outro sentimento que perdura com o tempo... esperança... e a esperança é o que nos move no dia a dia... a saudade guarda a imagem do sorriso, o som da voz e nos diz: "Tenha esperança! Um dia vamos vê-los e ouvi-los novamente". É... a saudade é reveladora... Obrigado saudade pela felicidade de guardar o amor!